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Tentativas de fraude on-line recuam em 2016, mas aumentam no mobile

Por 1 de fevereiro de 2017 abril 23rd, 2018 Nenhum comentário

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O ano de 2016 terminou com uma boa notícia para o comércio eletrônico nacional: as tentativas de fraude em compras on-line tiveram um recuo, ainda que discreto, em comparação ao primeiro semestre. O índice, que entre janeiro e junho havia sido de 3,83%, teve uma queda de 6,5% e fechou o ano em 3,58% – ou seja: a cada 28 pedidos que chegam a uma loja virtual, ao menos 1 é feito por criminosos utilizando cartões de crédito clonados.

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Relatório: Raio-X da Fraude no E-commerce Brasileiro em 2016

As informações são do Raio-X da Fraude no E-commerce Brasileiro, relatório produzido pela Konduto e que leva em consideração uma amostragem de cerca de 30 milhões de transações que passaram pelos nossos sistemas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro. É importante salientar que este percentual representa as tentativas de fraude – e não necessariamente as fraudes em si. A maior parte destas tentativas é barrada automaticamente pelo sistema ou então a partir de uma revisão manual das equipes de risco dos estabelecimentos.

O estudo da Konduto é o mais completo sobre a análise de risco no e-commerce brasileiro, revelando dados exclusivos e inéditos sobre compras na internet – como, por exemplo, os horários do dia em que a ação de criminosos é mais intensa e características dos aparelhos utilizados para transações fraudulentas, que gerarão prejuízo não apenas para o lojista como também para todos os envolvidos na cadeia de pagamentos on-line, como operadoras de cartão e bancos emissores. Esta versão do relatório é complementar à edição publicada em agosto, com informações referentes ao primeiro semestre.

Por que a tentativa de fraudes caiu?

Esta pergunta pode ser capciosa, e não necessariamente deve ser interpretada como uma redução quantitativa das tentativas de fraude. Na verdade, o segundo semestre de 2016 apresentou uma melhora nos índices de vendas de acordo com diversos estudos publicados recentemente.

Ou seja: o e-commerce eletrônico esteve mais aquecido e mais vendas legítimas foram registradas no período – e as transações de origem criminosa, felizmente, não acompanharam este ritmo. Ainda assim, o índice de tentativas de fraude é bastante alto. Para se ter uma ideia, um e-commerce considerado saudável não deve ter taxa de fraude superior a 1% sobre o faturamento.

Mobile: mais vendas… e mais fraudes

O Raio-X da Fraude também comprova uma tendência: o aumento da presença dos dispositivos móveis (smartphones e tablets) na jornada de compra do consumidor brasileiro. Em comparação com o primeiro semestre, o mobile foi ainda mais utilizado para a conclusão de compras no e-commerce, saltando de 31,60% para 38,43% (um aumento de 21,6%! ).

No entanto, os dispositivos móveis também foram mais utilizados para compras ilegais – as tentativas de fraude oriundas do mobile tiveram um aumento de 2,5%, saltando de 19,48% no primeiro semestre de 2016 para 19,92% no consolidado do ano.

Fraudador: o hacker encapuzado no quarto escuro de madrugada?

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O Raio-X da Fraude também desmente um estereótipo que se faz do fraudador. Diferentemente da imagem que se faz deste tipo de cibercriminoso, ele não é um hacker que realiza compras fraudulentas durante a madrugada, utilizando supercomputadores e navegando em redes criptografadas. Esqueça essa imagem: para se ter uma ideia, menos de 7% das tentativas de fraude ocorrem entre 1 e 7h da manhã.

De acordo com os nossos dados, o fraudador possui um desktop com Windows, navega na internet utilizando o Google Chrome e faz a maior parte das compras com cartão clonado entre o meio da tarde e o início da noite. Pois é: o “horário nobre” da fraude on-line no e-commerce brasileiro se deu entre 18 e 21h59, quando ocorrem 30% das tentativas de golpe.

Mas isso não quer dizer que este comportamento continuará assim para sempre. As coisas podem (e devem) mudar…

Então, como identificar um fraudador?

Se compras fraudulentas têm características tão semelhantes às legítimas, como é possível identificar uma transação ruim? Bem… um fraudador pode muito bem ter dados cadastrais de bons clientes e utilizar dispositivos que não levantem suspeitas, mas há algo que definitivamente não terá ou não saberá reproduzir: o comportamento de navegação de um consumidor verdadeiro.

Quantas páginas um bom cliente visualiza, quantos produtos ele observa, quanto tempo em média ele leva até fechar uma compra? Todas estas informações, que normalmente são bastante consideradas por setores de marketing e vendas, também podem dizer muito sobre o real interesse de um comprador na internet.

Foi pensando nisso que a Konduto criou o primeiro antifraude do mundo a combinar as técnicas tradicionais de análise de risco à análise do comportamento de navegação no e-commerce e m-commerce. Afinal de contas, um fraudador não saberá reproduzir este comportamento de “bom cliente” – esta é uma característica extremamente difícil e inconveniente de reproduzir!

O resultado? Criamos o mais eficiente sistema antifraude do mercado, e com respostas instantâneas – em menos de 1s! –, graças aos filtros de inteligência artificial. **Barramos somente as compras fraudulentas, reduzimos o número de falsos-positivos, não prejudicamos o bom cliente da sua loja virtual e ajudamos você a reduzir diversos custos operacionais.

Quer saber mais? Ficou alguma dúvida?

Fale com a gente no e-mail oi@konduto.com

Felipe Held

Autor Felipe Held

Maratonista, palmeirense, beatlemaníaco e enciclopédia de piadas do Chaves, Felipe foi Head de Comunicação e Marketing da Konduto entre outubro de 2015 e outubro de 2020. Jornalista pela Cásper Líbero e pós-graduado em marketing pela ESPM, trabalhou em redações esportivas de Gazeta, UOL e Terra antes de entrar para o mundo de prevenção à fraude. Já entrevistou Pelé, Maria Esther Bueno, Guga, Guardiola e Bernardinho, mas diz que os dias mais incríveis da carreira foi quando apresentou a duas primeiras edições do Fraud Day.

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