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Formas de pagamento on-line: quais valem a pena para e-commerce?

Por 17 de maio de 2018 Nenhum comentário

O mercado de e-commerce atingiu um nível altíssimo de competitividade, e não é para menos: há anos o setor cresce a números impressionantes, mesmo em períodos de crise, e o consumidor percebeu os benefícios de comprar com um clique, sem precisar sair de casa. Lojas virtuais lidam com uma pluralidade de clientes, que, por sua vez, têm diferentes preferências nas formas de pagamento on-line. O que será que vale mais a pena oferecer ao comprador: cartão de crédito? Boleto bancário? Já estão até falando de Bitcoin… (você já deve ter ouvido sobre isso, não?)

Bom… a lição número 1 do dia é: ofereça todas as formas de pagamento que puder (ou fizer sentido para o seu negócio). Afinal, ao disponibilizar várias alternativas, a loja virtual consegue atingir um número maior de clientes e evita a desistência da compra justamente na última etapa do processo.

(Já imaginou que triste ver o seu gargalo justamente no checkout, depois de já ter investido em infraestrutura, produto, marketing…?)

Por isso, resolvemos criar este artigo. Vamos mostrar os prós e contras dos principais meios de pagamento on-line disponíveis atualmente e reforçar a importância de a sua loja virtual contar com diferentes alternativas. Boa leitura!

Cartão de crédito

cartão de crédito é a forma de pagamento favorita do consumidor brasileiro. Segundo uma pesquisa realizada pela Atlas, mais de 62% dos pedidos são pagos com este meio. E isso não acontece à toa: com o cartão, o cliente pode parcelar o pagamento em várias vezes, consegue a entrega muito mais rapidamente (afinal, a aprovação é imediata)… sem falar que é a forma de pagamento mais segura para o clientefinal.

O e-commerce se beneficia muito do cartão. Apesar de ter que pagar taxas às operadoras/intermediadoras de pagamento, o cartão de crédito oferece uma taxa de conversão altíssima e possibilita a chamada “compra por impulso”: o consumidor viu aquele produto ou se interessou por aquela oferta, fez o pedido, pagou na hora e o pagamento já foi aprovado. Só alegria!

Bom… quasse. Infelizmente, o cartão de crédito é alvo de um número considerável de tentativas de fraude. Estelionatários tiram proveito de uma brecha no sistema global de pagamentos on-line e conseguem realizar compras criminosas, utilizando somente os dados de um cartão válido (número, data de validade e CVV). De acordo com o nosso relatório Raio-X da Fraude, cerca de 3,03% das transações no cartão são de origem fraudulenta.

Ok, isso é uma desvantagem… mas temos uma notícia excelente para você: não se assuste! Antifraudes estão aí para te ajudar nesta missão, analisando o risco dos pedidos com ferramentas super tecnológicas e de altíssima precisão. O mercado “aceita” índices de fraude de até 1% sobre o faturamento bruto… e isso, convenhamos, é muito melhor do que abrir mão de mais de 62% das vendas, caso você não permita pagamento via cartão. Concorda?

Boleto bancário

boleto é o segundo meio de pagamento favorito do brasileiro. O título bancário oferece muita facilidade para quem deseja comprar à vista e efetuar o pagamento em diversos estabelecimentos, como casas lotéricas – permitindo acesso ao e-commerce à ainda elevada população desbancarizada do Brasil. O boleto ainda passa ao consumidor final uma impressão (ainda que equivocada) de transação segura, mas já vamos explicar isso melhor.

Para o lojista, o boleto permite compensação em poucos dias úteis – diferentemente do cartão de crédito, quando o dinheiro pode levar até um mês para cair na conta do e-commerce.

Mas por que o boleto pode ser ruim para uma loja virtual? Bom… a taxa de conversão no boleto é muito baixa. Segundo o mesmo relatório da Atlas, apenas 48,5% dos boletos gerados no e-commerce brasileiro são pagos. Muitas vezes seu cliente final decide fazer uma compra, conclui a transação, imprime o boleto… mas aí desiste da compra por N motivos – inclusive esquecimento!

Ah, e para não esquecer: o boleto não é tão seguro como o consumidor final imagina. Existe um vírus chamado bolware que, quando instalado no computador do cliente, gera um novo título de pagamento, com dados de pagamento trocados, e induz o consumidor a fazer o pagamento para uma conta falsa. Bancos não garantem o estorno no caso de pagamento de um boleto falso, então o cliente arca com o prejuízo e o e-commerce não realiza a venda.

Transferência bancária

A transferência bancária tem sido cada vez mais procurada, pois é algo que proporciona muita comodidade — basta um simples aplicativo de celular para realizar essa tarefa.

Por outro lado, para o cliente, pode haver despesas bancárias referentes às transferências entre bancos, uma vez que a maioria das instituições cobra dos seus consumidores uma taxa para o procedimento. Isso faz com que algumas pessoas não se envolvam com essa forma de pagamento.

O processo, nesse formato, também pode demorar mais, pois a instituição bancária precisará realizar a confirmação da transferência, o que não pode ser feito nos fins de semana e feriados, por exemplo.

Ademais, a integração de um e-commerce com um banco não é algo simples. Por isso, vale mais a pena contratar um gateway, que oferece o serviço de processamento de pagamento, por exemplo.

Débito em conta

O débito em conta é outra boa forma de pagamento para os consumidores que desejam pagar as suas contas à vista. Com ele, o seu comércio não perderá com os juros do crédito rotativo, o que poderá possibilitar ofertas e promoções para os clientes que escolherem essa alternativa.

Ademais, essa modalidade beneficia o e-commerce com as taxas menores do que as do cartão de crédito e não há muita burocracia, como no boleto bancário, para processamento financeiro.

A desvantagem, no entanto, é que muitas pessoas trabalham com o cartão de crédito e não têm saldo em conta. Outra dificuldade é exigir que o cliente faça a autenticação junto ao banco para realizar esta forma de pagamento, criando um novo passo no fluxo de pagamento e, consequentemente, gerando um alto índice de abandono de carrinho.

Carteiras digitais

Nos últimos anos surgiram algumas formas de pagamento chamadas de carteiras digitais, ou e-wallets. Essas ferramentas de pagamentos digitais trazem mais flexibilidade e segurança para os consumidores, pois não compartilham informações financeiras com o lojista.

As carteiras digitais, entretanto, ainda são muito incipientes no Brasil – poucas pessoas ainda se sentem confortáveis em realizar pagamentos on-line via e-wallet, ou sequer conhecem esta forma de pagamento. Esta modalidade de pagamento ainda exige autenticação, criando também um novo passo para o cliente e aumentando as chances de desistência.

Há, ainda, soluções que cobram taxas altas para o processamento de compras via e-wallets.

Bitcoin

Falar de moedas digitais está na moda para quem lida com pagamentos on-line, seja para o bem ou para o mal.

Para e-commerces “tradicionais”, receber bitcoins está mais atrelado ao fato de agradar clientes moderninhos e early adopters – afinal, este meio de pagamento ainda é pouquíssimo difundido entre a população mundial.

No entanto, as criptomoedas permitem um valor bem mais baixo de intermediação de pagamento (em média 1%), têm aprovação bastante rápida e a compensação é feita em questão de horas.

A desvantagem do recebimento de pagamentos via Bitcoin está no fato de ser um meio de pagamento ainda controverso e não regulamentado no Brasil, atingir uma parcela bastante específica de consumidores e ser uma moeda bastante volátil, podendo cair drasticamente de um dia para outro.

Mas, e aí, qual o melhor meio de pagamento?

Infelizmente, temos aquela resposta super genética que não vai responder a esta pergunta.

Acontece que o melhor meio de pagamento depende! Depende do seu tipo de negócio, depende do público que você quer atingir, depende até das escolhas do seu cliente.

Todas as formas de pagamento têm suas vantagens e desvantagens; por isso, importante oferecer diferentes formas de liquidação.

Gostou do nosso texto? Que tal ver agora tudo o que você precisa saber antes de contratar um intermediador de pagamentos?

Konduto

Autor Konduto

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