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Fraudes no Brasil em 2023: cenário atual, índices de fraudes e soluções

Por 20 de outubro de 2023 Nenhum comentário
Imagem com fundo azul. Nela está escrito "Fraudes no Brasil em 2023: cenário atual do e-commerce, índices de fraudes e soluções". Há também um ícone com uma lupa, um site e um balão de texto.

Falar sobre fraudes no Brasil é, por vezes, chover no molhado. É por isso que para cobrir o assunto da devida forma, trouxemos um guarda-chuva grande, além de proteções extras. Assim, você vai sair daqui devidamente protegido e também por dentro desse tema.

Neste texto, abordaremos as fraudes no Brasil por meio de 3 eixos:

  1. Cenário atual das fraudes no e-commerce brasileiro, trazendo índices recentes sobre golpes no país;
  2. Principais consequências das fraudes no país;
  3. Medidas específicas que diferentes segmentos – como o Banco Central, o setor de e-commerce e instituições financeiras – podem adotar para contornar essa situação.

Com isso, você terá um panorama amplo de um assunto tão importante. Um papo de especialista para quem realmente quer entender do assunto.

Cenário atual do Brasil: principais índices

Para compreender bem essa história de fraudes no Brasil, é necessário, antes, saber melhor sobre qual cenário estamos falando. Assim, aqui vamos trazer índices centrais sobre o tema.

Crescimento das transações bancárias em canais digitais

A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, apresentada em julho de 2023, aponta que houve um aumento de 30% das transações bancárias no Brasil.

Além disso, o mesmo estudo traz outros números importantes:

  • O celular é responsável por 66% de todas as operações feitas no País;
  • Quase 8 em cada 10 transações bancárias realizadas são feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking (77%);
  • Pelo segundo ano consecutivo, o número de contas abertas em canais digitais superou o de contas abertas em canais físicos, chegando a expressivos 63%;
  • As transações feitas nas agências bancárias caíram de 3,3 bilhões para 3,2 bilhões e atualmente o canal representa apenas 2% do total;
  • As operações feitas em ATMs também reduziram, passando de 7,4 bilhões para 5,4 bilhões.

Isaac Sidney, presidente da Febraban, comentou sobre a pesquisa para o portal da instituição: “Os resultados reforçam, mais uma vez, que a cada ano temos mais adesões de brasileiros pelos canais digitais, demonstrando a inovação, segurança, acessibilidade e confiabilidade destes meios nas transações bancárias do dia a dia”.

Aumento da ocorrência de fraudes e golpes eletrônicos

No campo das fraudes, o mobile também é campeão. Conforme apresentou o Censo da Fraude 2023, que traz os dados das tentativas de golpes feitas no primeiro semestre do ano no Brasil, o celular é usado tanto para comprar, quanto para fraudar:

A imagem mostra duas tabelas do Censo da Fraude. A principal informação delas são os dados que sinalizam que o volume de pedidos e também o volume de fraudes no mobile é superior a 70% em ambos os casos.

Foto da Lucilene Neves. Ela é uma mulher de pele negra e cabelo cacheado curto. Na imagem ela usa óculos de grau com hastes pretas e uma blusa preta. “[..] o dispositivo mobile proporciona uma facilidade gigantesca de acesso para fazermos compras em qualquer horário ou lugar e isso torna a geolocalização um grande desafio na prevenção à fraude. Os fraudadores utilizam vários métodos para mascarar e esconder o verdadeiro local da compra e é a análise do comportamento que nos auxilia na identificação do comprador legítimo.”, afirma Lucilene Neves, Coordenadora de Prevenção à Fraude na Konduto.

Além disso, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, traz dois números bem importantes e que também contribuem para entender melhor esse cenário:

  1. 322 é o número de registros de fraude eletrônica;
  2. 16,6% foi o crescimento de celulares roubados e furtados em relação a 2021.

O que entender desses dados

De um lado, temos um volume cada vez maior do uso de celulares para transações financeiras. Do outro, há um crescimento tanto das tentativas de golpes feitas via mobile, como um maior volume de roubos e furtos de smartphones.

O resultado é o que outra pesquisa, desta vez da Conversion, aponta: 69,9% dos consumidores estavam com receio de realizar compras pela internet no Dia das Mães deste ano. Isso tudo por medo de caírem em golpes ou serem vítimas de fraudes. Para entender que medo é esse, vamos destrinchar melhor sobre isso a seguir.

Principais consequências das fraudes no Brasil

Quando você considera que um lugar é perigoso, o que você faz? Se puder, evita passar por ele. É isso que acontece com relação às fraudes no Brasil: ao terem medo de cair em algum golpe, as pessoas deixam de comprar em e-commerces.

No caso do uso de celulares, por conta do medo de furto ou roubo, as pessoas passam a usar menos o aparelho para efetivar compras – principalmente quando estão na rua. Ou seja, surge uma limitação justamente em um aparelho que elas usam muito.

Por ser mais fácil visualizar com dados, vamos a novos números. Dessa vez, as informações vêm da pesquisa “Relação dos brasileiros com serviços financeiros e com caixas eletrônicos”, feita pelo Instituto Locomotiva com o Banco24Hora em outubro de 2022.

Segundo o estudo, quase nove a cada dez brasileiros sentem mais medo de terem os celulares roubados que a carteira. Em estatística, isso representa 86% das pessoas entrevistadas.

Detalhe: esse percentual se mantém uniforme em todas as camadas da sociedade brasileira. É o que comentou João Paulo de Resende, diretor da pesquisa, para o site Mundo Conectado: “Entre todas as classes econômicas, todas as regiões, gênero, idade… esse medo dos golpes vinculados ao celular é generalizado na sociedade”.

O estudo também perguntou às pessoas quais cenários de crimes elas mais temiam, em uma lista de 8 possibilidades pré-definidas. Confira o que o público abordado respondeu:

  1. Ter o celular furtado ou roubado e ter o dinheiro retirado de sua conta via PIX – 23%
  2. Ser forçado a fazer transferências via PIX – 15%
  3. Ser vítima de um golpe ou fraude financeira que utilize o PIX para retirar dinheiro da sua conta – 13%
  4. Ter os dados do cartão de crédito/débito utilizados para fazer compras sem sua autorização – 12%
  5. Ter seus dados vazados na internet – 12%
  6. Ter seu cartão de crédito clonado – 11%
  7. Ser forçado a sacar dinheiro no caixa eletrônico – 10%
  8. Pagar um boleto falso (golpe) – 3%

Pelos dados apontados nos primeiros lugares, podemos perceber que 51% das pessoas temem por cenários que envolvem o Pix. Além disso, outras 3 situações apontadas (5, 6 e 3) envolvem ou podem envolver o ambiente digital, gerando receio em 26% de quem respondeu à pesquisa.

Dessa forma, ainda que o Pix tenha alcançado o status de meio de pagamento mais utilizado em 2022 e continue se expandindo cada vez mais, assim como os pagamentos invisíveis, há um receio do quanto esse medo que as pessoas estão tendo afeta o momento de compra. Em especial, o e-commerce, que se utiliza em grande escala do Pix e demais formas de pagar uma compra.

Como resolver as fraudes no Brasil

De pronto, adiantamos que a solução não é única e muito menos fácil. Por isso, é fundamental que diferentes setores se unam para o combate às fraudes no Brasil.

A seguir, vamos mostrar o que já tem sido feito e também recomendações importantes.

Iniciativas do Banco Central do Brasil para diminuir as fraudes

O Bacen tem feito uma atuação cada vez mais presente para combater as fraudes no Brasil. A principal iniciativa é a Resolução Conjunta nº6/23.

Essa normativa em específico é focada justamente no compartilhamento de dados e informações sobre fraudes. Isso deve ser feito por instituições financeiras regularizadas pelo Banco Central a partir de 1º de novembro de 2023. Por ser tão importante, já falamos sobre ela outras vezes aqui na Konduto. Vale conferir:

Além delas, outras normativas também foram implementadas nos últimos anos:

Porém, vale ressaltar que o Banco Central também faz ações de conscientização em seu canal oficial no YouTube. Os vídeos são direcionados à população e visam, justamente, nutrir as pessoas de informações sobre como não cair em golpes, quais as fraudes da vez e o que fazer caso seja vítima de um. Inclusive, tais informações são divulgadas em outros canais, além do Bacen disponibilizar um FAQ em caso de dúvidas sobre golpes.

Imagem de capa do vídeo do Banco Central. Na imagem tem um homem de camisa preta sorrindo. Há também o texto "BC te Explica: Pix Novo, Golpes Velhos"Imagem de capa do vídeo do Banco Central. Na imagem tem uma mulher diante de um computador com uma cara de assustada. Há também o texto "BC te Explica: compra em site falso? Não caia no golpe!"Imagem de capa do vídeo do Banco Central. Na imagem tem um homem apontando para o celular que está em uma das mãos dele. Há também o texto "BC te Explica: Fraude no Pix? Recuperar dinheiro ficou mais fácil"

Bancos também tomam atitudes para prevenção de fraudes no Brasil

Além das medidas obrigatórias estabelecidas pelo BC, os bancos têm atuado diretamente para diminuir as fraudes no país. A principal é a inclusão de novas tecnologias para aumentar a segurança, especialmente no uso de aplicativos financeiros.

Biometria, autenticação de dois fatores e avisos por mensagens de texto – caso a conta seja acessada de um dispositivo diferente, por exemplo – são exemplos dessas novidades que passaram a fazer parte do dia a dia das pessoas que usam estes apps.

Há também o implemento do cartão virtual gerado pelo aplicativo do banco. Nele o número e códigos de segurança são diferentes do cartão físico, além de ter uma validade específica que pode ser apenas de uma compra, por 24 horas ou um período que o cliente definir. Assim, mesmo que o cartão virtual seja capturado por pessoas fraudadoras, seu uso será limitado.

Outra ação que os bancos têm feito para reduzir as fraudes no Brasil é conhecer melhor seus clientes por meio da tecnologia de analytics e de Know Your Customer – sendo esta última obrigatória por lei. Por meio delas, as instituições entendem o comportamento de cada usuário. Isso ajuda, por exemplo, a identificar e bloquear uma transação suspeita, evitando prejuízos maiores à pessoa.

Além disso, outras iniciativas dos bancos para evitar fraudes que valem destaque são:

  1. Campanhas informativas sobre golpes: tanto na TV, como nas redes sociais, as campanhas explicam como acontecem as tentativas de fraudes justamente para que as pessoas não caiam nelas;
  2. Dicas de segurança: juntamente com as ações educativas, os bancos também passaram a dar dicas de proteção, para que as pessoas passem a ter um melhor uso dos aplicativos financeiros;
  3. Estabelecimento de canais oficiais (com verificação) em diferentes mídias: geram uma maior confiança na comunicação e também facilitam a identificação em caso de mensagens enviadas por números indevidos.

Dessa forma, as instituições bancárias, que possuem um acesso direto a quem é cliente nelas, levam essas informações a mais e mais pessoas.

E-commerce também entra em ação para conter as fraudes

Algumas medidas que o comércio eletrônico tem feito para proteger seus clientes de golpes são as mesmas que já citamos antes. Porém, há também soluções específicas para as lojas virtuais, que são alvos de pessoas fraudadoras de diferentes lados. A seguir, confira as principais iniciativas:

  1. Canais oficiais, com selo de verificação: ao fazer isso, o e-commerce garante um meio de se comunicar seguro com seu público. Evitando que as pessoas caiam em golpes via mensagens, por exemplo.
  2. Camadas de autenticação de dois fatores para login, assim como biometria: é o mesmo caso que citamos nos bancos, onde a tecnologia entra para reforçar a segurança do acesso.
  3. Certificações de segurança: fundamentais para qualquer e-commerce, elas ajudam a manter os dados da loja virtual – inclusive o de seus clientes – bem protegidos.
  4. Know Your Customer (KYC): mesmo não sendo obrigatório para o setor, a estratégia é muito utilizada. Afinal, conhecer bem o perfil de quem compra no seu site, ajuda – e muito! – a identificar quem está tentando aplicar um golpe ali. Inclusive, vale a pena entender melhor sobre a importância do KYC para e-commerce neste texto.
  5. Sistema de pagamento seguro: tão necessário quanto ter diferentes opções de pagamento, é garantir que a transação seja segura para evitar danos à loja e também a quem compra nela. Por isso, essa é outra iniciativa fundamental.
  6. Antifraude eficiente: de forma complementar ao sistema de pagamento, uma plataforma de prevenção de fraudes ajuda não só a evitar ataques que geram grande prejuízo, como também protege quem compra na sua loja virtual.

Assim, com essas ações somadas, o e-commerce brasileiro contribui diretamente para que menos fraudes ocorram e atinjam seus clientes.

Antifraude é a linha de frente digital para evitar as fraudes

Atuando tanto no e-commerce, como também em fintechs, instituições de pagamento e outros segmentos, as soluções de antifraudes mais robustas do mercado conseguem contribuir para evitar fraudes no Brasil em diferentes linhas.

Como exemplo vamos falar do que a gente entende, ou seja, das soluções que a Konduto oferece. Tais soluções servem como camadas que formam um grande escudo, protegendo, assim, mais de 468 milhões de pedidos anualmente. São elas:

  • Análise automática de pedidos: a forma mais rápida de proteger o e-commerce – e também seus clientes – de uma tentativa de golpe no momento da compra. Por meio do uso pioneiro de machine learning no combate a fraudes, nós da Konduto alcançamos análises de altíssima precisão.
  • Análise manual: a melhor maneira de alcançar mais aprovação e, ao mesmo tempo, menos fraudes é agregando a inteligência analítica humana ao combate. Assim, com nosso time de analistas de risco, aumentamos o grau de proteção em lojas virtuais.
  • Antifraude para Pix e bancos digitais: quem defende, também precisa ser escoltado. Por isso, a Konduto tem uma solução específica para este segmento que une segurança, dinamismo e velocidade no monitoramento de operações P2P.
  • Antifraude cadastral para cartões de crédito: aqui a atuação busca validar um novo meio de pagamento do cliente já no cadastro. Assim, a vítima de um cartão clonado, por exemplo, pode ser poupada caso outros dados não formem um vínculo forte.
  • Antifraude de onboarding: seja para autenticar os dados de um cadastro ou validar informações para uma tomada de decisão, é possível agregar uma camada a mais de segurança para sua empresa e também usuários.

É importante saber que cada solução é voltada para uma linha de combate específica. Por isso, se estiver em dúvida sobre qual é a melhor forma de combater as fraudes no seu segmento, entre em contato conosco. Vamos entender a situação da sua empresa e, assim, encontrar a solução mais eficiente.

PLUS: conteúdos extras sobre fraudes no Brasil

Quer saber mais sobre fraudes? Separamos conteúdos que podem ser muito úteis para você se informar. Além disso, acompanhe a Konduto no LinkedIn ou Instagram, sempre postamos as novidades por lá.

Stefs Masotti

Autor Stefs Masotti

Olá, eu sou Stefs! Com formação em Jornalismo e atuação em Publicidade, minha especialidade é colocar confete nos conteúdos que produzo. Trabalho com marketing digital desde os tempos do Orkut.com e sobrevivi a todas as redes sociais que surgiram desde 2009 (rs).

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