Abrir um e-commerce parece ser a solução para muitos empreendedores, dos mais variados níveis: desde os iniciantes até empresários super bem-sucedidos e donos de redes de lojas físicas. A princípio o desafio parece muito simples: montar um site e esperar os (milhões) de pedidos chegarem, e o dinheiro cair na conta. Mas um “detalhe”, nada simples, é comumente ignorado: o intermediador de pagamentos.
Há muita coisa acontecendo naqueles 3 ou 4 segundos entre o cliente submeter as informações de pagamento na página de checkout e o pedido ser confirmado. Neste espaço tão curto de tempo há um fluxo gigantesco de informações, entre várias empresas, lidando com algo extremamente importante: dinheiro.
É o intermediador de pagamentos que entra em ação durante estes intensos e agitados 5 segundos entre o envio de um pedido e a confirmação de pagamento on-line. Mas você sabe quais são as empresas que fazem parte desta cadeia? E qual a melhor escolha para a sua loja virtual?
Neste artigo, vamos trazer um pouco mais sobre o tema, conceitos e muito mais. Boa leitura!
Como funciona a cadeia de pagamentos no e-commerce?
Basicamente, a loja virtual tem a opção de processar o pagamento diretamente com o adquirente ou utilizar os serviços de um gateway ou de uma subadquirente para finalizar a compra. Veja a finalidade de cada um:
Adquirente
Adquirentes têm o papel de liquidar as transações financeiras realizadas com cartões de crédito/débito. Elas fazem a comunicação com as principais bandeiras de cartão e seus bancos emissores, repassando posteriormente os valores ao lojistas – e cobrando uma taxa percentual por este serviço. Os prazos para o repasse podem variar, chegando a 31 dias, dependendo do plano contratado.
Os e-commerces podem contratar os serviços da adquirente por meio de um cadastro e da instalação de plugin ou código fonte. O custo de implementação pode ser elevado, contudo, os valores repassados são menores – o que, a princípio, aumentaria a margem do comerciante.
A desvantagem é a necessidade de contratar serviços adicionais, como o antifraude, por causa dessa ligação praticamente sem intermediários no fluxo de pagamentos.
Subadquirente
A subadquirente é um intermediador de pagamentos que viabiliza a transação entre todos os envolvidos (vendedor, comprador, adquirente e a instituição financeira).
A sub não se conecta a apenas uma, mas a várias adquirentes. Além disso, também apresentam soluções antifraude (muitas delas inclusive utilizam a solução da Konduto embutida) e disponibilizam várias opções de pagamento além do cartão.
Subdquirentes cobram do lojista uma fatia de cada transação realizada – um percentual normalmente maior do que é cobrado pelas adquirentes. O repasse do valor é feito depois de um prazo determinado em contrato.
Devido a essas características, este tipo de solução é bastante utilizado por lojas menores, oferecendo um checkout completo. Em alguns casos (porém cada vez menos hoje em dia), o uso de uma sub está condicionado ao redirecionamento do cliente para concluir a compra na página da intermediadora – o que pode aumentar uma alta desistência.
Gateway de pagamento
O gateway de pagamento é um intermediador de pagamentos que processa a transação no momento do checkout e na própria página do e-commerce, uma espécie de “ponte”. Quando o cliente fornece as informações do cartão ou da conta bancária, o gateway se comunica com a adquirente, que por sua vez contata a bandeira do cartão e o banco emissor, verifica se os dados estão corretos e se há saldo para concluir a compra.
O gateway também permite a compra por transferência bancária e boleto. Em todos os casos, a quantia vai para a conta cadastrada pelo lojista e a cobrança pode ser por porcentagem ou por número de transações. Diferentemente de adquirentes e subs, o gateway, a princípio, não recebe fluxo financeiro – ele repassa automaticamente da adquirente para a conta do e-commerce.
Como escolher um intermediador de pagamentos?
Não é possível afirmar que uma solução é melhor que a outra. Por isso, é fundamental analisar a proposta de cada um e considerar seu posicionamento frente o mercado. Vamos aos pontos-chave:
1. Veja as condições
Analise atentamente os serviços oferecido por cada intermediador de pagamentos, como:
- formas de pagamento;
- o prazo médio para a aprovação de pagamentos;
- atendimento;
- prazo e condições para o repasse ao lojista;
- percentual cobrado;
- taxas e encargos;
- possibilidade de concluir a compra na própria página da loja virtual;
- soluções antifraude integradas.
2. Conheça o perfil do seu público
Existe a necessidade de entender o comportamento do seu cliente, em especial em relação às finanças. Você vende para um público que prefere pagar à vista ou a prazo? Valoriza um bom desconto? Qual a principal forma de pagamento utilizada? Qual o ticket médio do negócio?
Responder essas questões vai ajudar você a fazer esta escolha, mas é importante ressaltar que a loja virtual deve ser a mais completa possível no que diz respeito às formas de pagamento.
3. Analise o mercado
Além de conhecer o perfil do público e suas preferências, é indispensável entender as soluções de pagamento mais empregadas pelo nicho de atuação. O que os concorrentes estão oferecendo? Qual intermediador de pagamentos estão usando? O que eles priorizam e quais as principais opções adotadas por eles?
Além disso, observe as tendências do mercado, como Bitcoin e as carteiras digitais, que, embora não sejam tão populares atualmente, compreendem ao negócio um diferencial competitivo, o que pode deixá-lo a um passo à frente dos concorrentes ou atender a um novo nicho de mercado.
4. É fácil de integrar?
Lembre-se, você está lidando com soluções que interferirão diretamente no fluxo de pagamento do seu negócio. Por isso, é importante avaliar a integração entre o intermediador de pagamentos e a plataforma de e-commerce. Se apresentar falhas ou demora, será necessário buscar outra opção.
5. Avalie a experiência do usuário
Quanto mais simples for para o cliente efetuar o pagamento, mais vendas a loja virtual vai concluir. Por isso, é preciso avaliar a facilidade de uso, a possibilidade de utilizar o login social para o preenchimento de formulários e cadastros, a facilidade na impressão de boletos, entre outros pontos.
6. Atenção com a segurança
Em tempos como os de hoje, é crucial contar com uma solução que não irá deixar a sua loja virtual exposta. Não estamos (apenas) falando de antifraude (ainda!). Procure intermediadores que tenham ferramentas e procedimentos para evitar que a sua página de checkout esteja exposta à atividade de pessoas mal-intencionadas.
Vou precisar de uma solução antifraude?
Um antifraude não é um intermediador de pagamento, mas está diretamente ligado à cadeia de pagamentos do e-commerce – seja incluída em soluções de adquirentes, subs ou gateways; seja integrada diretamente na plataforma do lojista.
Muitos profissionais acreditam, equivocadamente, que uma transação aprovada pela sub, pelo gateway, pela adquirente ou pelo banco está livre de risco. Isso não é verdade: a autorização está relacionada à presença de saldo naquele cartão. É o antifraude que vai analisar a probabilidade de fraude de cada um dos pedidos que chegam a uma loja virtual, entendeu?
A fraude on-line, infelizmente, é um mal muito presente no e-commerce brasileiro (e mundial também). Estima-se que, só em 2017, a taxa de tentativas de compras fraudulentas tenha sido de 3,03%. Isso significa que a cada 5 segundos ocorre uma ação criminosa que lesa alguma loja virtual no País.
Os melhores antifraudes do mercado, aliás, não se fiam somente em dados cadastrais e financeiros informados pelo cliente no momento da compra. As soluções mais modernas e eficientes disponíveis nasceram com uma proposta diferente, de analisar várias outras informações.
No caso da Konduto, além de todas as técnicas tradicionais da análise de risco, nós ainda monitoramos todo o comportamento de navegação e compra do consumidor em seu site ou aplicativo de e-commerce. Isso confere muito mais precisão nas verificações de fraude e segurança para a sua loja virtual!