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Dricão: nosso tech lead gosta de máquinas, mas gosta mais de pessoas. E mora na Polônia.

Por 6 de fevereiro de 2019 maio 9th, 2019 Nenhum comentário

Que a vida costuma nos levar por algumas trilhas inimagináveis muitos de nós já sabemos. Mas os caminhos que o Adriano Oliveira tomou ao longo da sua vida universitária foram super improváveis – especialmente para alguém que achava que concluiria o curso de Engenharia na Universidade de São Paulo, se tornaria uma pessoa super técnica e especialista em números e processos e passaria o resto da vida como funcionário em algum banco em São Paulo. A vida do Dricão não seguiu tanto por este rumo: ele foi um dos desenvolvedores que começaram a Konduto do zero, tornou-se nosso tech lead e passa boa parte do ano trabalhando remotamente em sua casa em Varsóvia, na Polônia.

Sim, é isso mesmo! Desde 2015 o Adriano divide seu tempo entre Brasil e Polônia – mais Polônia do que Brasil. Ele é casado com a Karolina, polonesa que conheceu durante um intercâmbio para duplo diploma em Turim, na Itália. Improvável? Bom, este é só um comecinho da história do Dricão, nosso segundo personagem da série Quem faz a Konduto!

Fala  aí, Dricão!

Startup não era um sonho para ele

Eu nunca imaginava que começaria minha carreira numa startup com mais quatro “moleques”, que é basicamente o que éramos Tom, Milton, André, Rapha e eu lá em 2014. Eu pensava que fosse sair da faculdade e ir parar num banco, uma empresa grande ou algo do tipo.

Mas, durante a faculdade, tive uma ótima oportunidade de fazer um programa de duplo diploma em engenharia de gestão em uma universidade italiana. Foi uma experiência absolutamente incrível. Mudou minha vida e minha visão de mundo profundamente. Dificilmente eu teria parado na Konduto se não fosse por essa experiência. Além disso, conhecia o Milton – ele foi meu veterano na Engenharia de Computação da USP e nos conhecemos por um amigo em comum.

O que mudou para você neste intercâmbio?

Foi uma experiência importante para eu enxergar um pouco além da “caixinha da profissão” e ver que na vida não basta apenas estudar bastante aquilo que é ensinado na faculdade e pronto, a vida profissional está ganha. O intercâmbio me colocou em contato com pessoas de inúmeras formações acadêmicas e de culturas diferentes, isso me fez ver que existem muito mais opções para a vida/carreira do que aquilo que o mercado oferece.

Trabalhar para empresas grandes é um caminho legítimo também, e é uma ótima opção em muitos casos. O que vi é que não é necessariamente a melhor opção para mim, como antes eu pensava. O intercâmbio me fez perceber que ultimamente a melhor opção não existe, eu que vou ter de decidir minha melhor opção. Antes eu achava que eu tinha de seguir o caminho mais seguro para maximizar meu salário assim que eu saísse da faculdade. Isso foi por água abaixo.

Por que a Konduto e não uma empresa na Europa?

Eu me sinto em casa na Konduto, sem falar na excitação de ver a empresa nascer, crescer e participar de cada etapa cumpre um papel importante nisso. Principalmente quando se está desde o comecinho.

Mas não é só isso, tem o pessoal que é sensacional também. O Milton e Tom são caras super inspiradores e acho que uma coisa que eles souberam fazer muito bem até agora são contratar pessoas igualmente inspiradoras. A qualidade da cultura da Konduto é algo bem difícil por aí.

Também gosto muito de ver na prática como machine learning e inteligência artificial funcionam: essa é uma área da computação que sempre me fascinou, desde a época da faculdade, e ajudar a Konduto a construir um produto que usa esse tipo de tecnologia como cerne foi um grande objetivo alcançado. Sem falar que é muito legal ver a ideia da empresa sair de promessa para algo concreto, que clientes vêm nos elogiar pelo bom serviço que prestamos a eles.

Trabalhar de casa é bom mesmo?

Vim morar na Polônia pela minha esposa, ela é daqui, sempre morou e trabalha aqui. Como posso trabalhar remotamente, este foi o arranjo que melhor funcionou para a gente.

É ótimo trabalhar remotamente. A flexibilidade de montar sua própria grade horária, de estar em qualquer parte do mundo, de não precisar perder tanto tempo com locomoção são certamente pontos positivos. Mas existe um preço a se pagar. Lidar com isolamento, a preguiça que bate às vezes, perceber em certos dias que são 2 da tarde e você ainda está de pijama na frente do computador, não conseguir ir aos happy hours e conversas de bebedouro e café, perder a oportunidade de conhecer melhor as pessoas da empresa são preços mais altos do que eu imaginava.

Trabalhando de casa você tem que tomar um cuidado extra para não deixar sua saúde mental e física deteriorar. Além disso, é importante que os processos da empresa saibam acomodar quem está remoto, tivemos de trabalhar para ajustar isso.

Sem falar que você não fica “só” programando, né?

Hoje como tech lead do time de engenharia eu também sou responsável por organizar as tarefas do time e certificar que tudo está funcionando redondo. Além disso, também sirvo de representante da equipe para os demais setores da Konduto, e isso envolve negociar o que será desenvolvido, prazos razoáveis, comunicar eventuais problemas… mas sempre tento colocar a mão no código também, porque é importante estar o mais por dentro possível dos pormenores de cada projeto – além de também manter meu “músculo engenheirístico” afiado.

Além disso, a comunicação escrita também muda – especialmente no meu caso, que fico 100% remoto. Tem de ser muito mais precisa, e você tem que garantir que todo mundo está na mesma página. Desenvolvedores têm um jeito muito particular de se comunicar, que funciona bem quando você só lida com um grupo que está acostumado com isso… mas quando você se envolve com clientes (de fora, mas também de dentro da empresa) você tem que mudar o jeito de se comunicar.

Fun Facts do Dricão

  • Dricão chegou a cursar um ano de Física na Unicamp, mas aí percebeu que não se via como um físico. Ele trancou o curso e prestou Engenharia da Computação na USP, ingressando em 2008
  • Antes de Varsóvia, Dricão morou dois anos em Poznan, também na Polônia. Por lá ele recebeu uma multa por ter atravessado uma rua fora da faixa de pedestres. Essa peripécia custou a ele algo como 50 reais.

  • Adriano achou que não seria contratado para trabalhar na Konduto. Logo em sua primeira entrevista, com Milton e Daniel em um bar na Vila Madalena, ele teve pressão baixa e precisou ir embora no meio da conversa. Mas ele era tão incrível que não teve como não chamá-lo para o time.
  • Ele criou uma categoria de devs que foi carinhosamente chamada de casual programmers: é um programador blasé, que senta de pernas cruzadas e faz códigos enquanto saboreia um café em algum ambiente europeu.
  • Além do home office, do coworking office e do coffee office, Dricão também é bastante adepto do train office: ele trabalha enquanto viaja de trem pela Polônia!
  • Além do músculo “engenheirístico”, o Dricão também tem seu lado de humanas hipertrofiado. Na primeira versão do site da Konduto, a descrição dele era “Um engenheiro que gosta de máquinas, mas que gosta mais de pessoas do que de máquinas”.
  • Aliás, Dricão certa vez escreveu um poema no meio do código da Konduto.

if (!cookies.isCookie(cookie)) {
try {
cookie = cookie.parseCookie(cookie);
}
catch(er) {
cookie = null;
}

if (typeof cookie === “object”) {
cookie = cookies.getOldestCookie(cookie);
}
} else {
cookie = cookies.getOldestCookie ();
}

  • Outra paixão do Adriano é a fotografia: ele adora tirar fotos de paisagens urbanas (e são capturas incríveis!)
  • Dricão ensinou uma tradição polonesa inusitada para o pessoal da Konduto: misturar leite com um tipo de vodca saborizada de avelã. Isso, leite com vodca. Parece bizarro, mas fica maravilhoso (dizem).
  • O Adriano também apresentou para a gente um estilo musical bastante popular na Polônia, que lembra uma mistura de pop, músicas do Latino e funk carioca: é o Disco Polo!

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Felipe Held

Autor Felipe Held

Maratonista, palmeirense, beatlemaníaco e enciclopédia de piadas do Chaves, Felipe foi Head de Comunicação e Marketing da Konduto entre outubro de 2015 e outubro de 2020. Jornalista pela Cásper Líbero e pós-graduado em marketing pela ESPM, trabalhou em redações esportivas de Gazeta, UOL e Terra antes de entrar para o mundo de prevenção à fraude. Já entrevistou Pelé, Maria Esther Bueno, Guga, Guardiola e Bernardinho, mas diz que os dias mais incríveis da carreira foi quando apresentou a duas primeiras edições do Fraud Day.

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