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Como a greve dos Correios pode elevar o número de chargebacks dos e-commerces

Por 4 de agosto de 2020 Nenhum comentário
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(Crédito da foto: Reprodução/Twitter Correios)

Funcionários dos Correios podem entrar em greve no próximo dia 18 de agosto em todo o Brasil. A categoria defende reajuste salarial, além da manutenção de alguns benefícios que podem ser cortados por causa da crise financeira da estatal.

Sem entrar no mérito do protesto, esta não seria a primeira e provavelmente nem será a última paralisação dos Correios. Aliás, quando este texto foi escrito pela primeira vez, em setembro de 2019, houve uma paralisação que se estendeu durante até uma semana em algumas regiões.

Fato é que a suspensão dos serviços da empresa impacta diretamente o dia a dia de milhares brasileiros, como por exemplo aqueles que compram e/ou vendem on-line – um montante de consumidores e de varejistas que só aumentou durante a pandemia do novo coronavírus.

O motivo para a greve causar transtornos na verdade é bem simples. Como fazer a entrega no prazo daquele produto ou serviço que você vendeu on-line se os Correios não estão funcionando? O resultado disso inclusive pode ser um aumento no número de chargebacks da loja virtual.

Mas o que chargeback tem a ver com isso?

Tem tudo a ver. Já falamos isso uma vez por aqui, mas não custa repetir: chargeback não significa apenas aquela compra fraudulenta que foi feita com cartão de crédito clonado. O buraco é mais embaixo.

Sim, por mais que as compras ilegítimas sejam os casos que mais preocupam os comércios eletrônicos, há pelo menos outras três modalidades de chargebacks: fraude amigaautofraude e, no caso dos Correios que estamos analisando, desacordo comercial.

Neste último cenário, não há qualquer tipo de fraude. O cliente foi lá no seu site, navegou, escolheu um produto, efetuou o pagamento e fez o check-out. Dali a dois dias, no entanto, os Correios entram em greve e aquele prazo de entrega de, por exemplo, uma semana se transforma em um prazo indeterminado. Aí, o cliente se irrita, resolve desistir da compra e pede um estorno. Complicado, né?

Nos casos de varejistas que atuam exclusivamente com os Correios, de fato, não há muito o que fazer numa situação como essa, além de tentar evitar o desacordo comercial com uma comunicação clara e eficiente com o consumidor.

Por outro lado, se você trabalha com uma malha de transportadoras, é possível contornar o problema utilizando inteligência logística. Uma das soluções é a adoção do sistema de TMS (sistema de gerenciamento de transportes) para a gestão do frete. Com ele, a gestão das entregas fica mais flexível por meio da criação de regras de frete, o que viabiliza o atendimento nas regiões de abrangência, bem como a independência dos Correios.

Entendeu por que uma paralisação dos Correios pode sim elevar o número de chargebacks do e-commerce? E também vale repetir: taxa de chargebacks não é sinônimo de taxa de fraudes, ok? Caso queira se estender no tema, preparamos um quiz especial para você testar os seus conhecimentos sobre os chargebacks. E assine nossa newsletter aí abaixo para receber mais materiais sobre análise de risco, tecnologia e meios de pagamento!

Eduardo Carneiro

Autor Eduardo Carneiro

Eduardo é jornalista formado pela Cásper Líbero e produziu conteúdos sobre prevenção à fraude na Konduto entre junho de 2019 e novembro de 2020.

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