A paulistana Silmara Assunção, ou simplesmente Sil, é a coordenadora de projetos e processos da Konduto. A missão dela por aqui é comandar o time de atendimento, suporte e integração que cuida tão bem dos nossos clientes.
Mas quando a Sil chegou ao melhor antifraude do Brasil, em novembro de 2015, isso aqui era tudo mato. Ela foi a funcionária de número sete da Konduto (hoje somos quase 80), sendo a primeira mulher, e teve um papel importante na transformação pela qual a empresa passou e continua passando.
Você vai conhecer a trajetória da Silmara no quinto episódio da série “Quem faz a Konduto”, na qual apresentamos os integrantes da nossa linda e divertida equipe. Nos parágrafos a seguir ela também vai contar o que gosta de fazer no tempo livre – e isso inclui desde cuidar dos gatos até fazer cosplay!
Com a palavra, Sil!
Como você veio parar na Konduto?
Foi basicamente uma aventura. Aquela história de “pula aí que tá boa essa água”. Antes de vir, trabalhava na MaxiPago, um gateway do qual o Tom (Canabarro, co-founder da Konduto) também era um dos primeiros integrantes. Conheci ele indiretamente, só de ouvir falar, e nos conhecemos pessoalmente já durante o processo da Konduto, depois que me indicaram a ele. Tudo foi muito transparente. Foram algumas entrevistas, gostaram de mim e em pouco tempo estava resolvido.
Hoje tenho certeza de que estou no lugar em que deveria estar e fazendo o que devo fazer. Não duvido disso em nenhum segundo. Uso toda a bagagem que tive em todas as empresas que trabalhei anteriormente. Todas possuem coisas boas e ruins, mas quando você consegue tirar o bom, isso dura pelo resto da sua carreira.
Mas rolaram alguns perrengues no começo aqui?
Quando se entra em uma pequena startup, como foi no meu caso, você lida muito com a incerteza. Você quer contribuir e crescer, mas é um negócio que você não sabe o que vai dar. Uma parte de você diz: “E se não der certo”? Vem isso assim que você recebe o convite. Mas quando você vê que tem pouca gente e percebe a importância do seu trabalho, você também começa a falar “preciso fazer isso dar certo”.
São muitas coisas que dependem do seu trabalho. Criava processos de coisas que não existiam, mas ao mesmo tempo a perspectiva era muito boa. Tudo muito desafiador. Um passo errado e tudo poderia ser perdido. Quando cheguei, o atendimento ao cliente era pelo celular e pelo e-mail pessoal do Tom. Também não tinha nem ferramenta de chamado. Fomos testando algumas, no meio do teste mudávamos, depois voltávamos para a primeira… Trabalhei em quatro endereços da Konduto, acompanhei todas as mudanças. Usava uma caixa de notebook para apoiar o pé no primeiro escritório. E não tirava o isopor dela, porque senão afundava (risos).
E como foi o caminho até ser coordenadora?
No início da carreira trabalhei na América Online, na área de suporte técnico. Comecei a fazer cursos técnicos livres, em hardware, procurei algo de TI e entrei na IBM. Depois trabalhei um ano na Dell, na parte de processos como fluxograma e qualidade. Já tinha uma bagagem da faculdade e aquilo brilhou na minha mente. Depois fui para a Maxipago, e aí veio a oferta da Konduto.
Fiz pós em qualidade e processos e isso me deu uma boa visão que apliquei em outros lugares. Também me concentrei na parte estrutural, para entender processos, extrair e metrificar informações e mensurar quem realmente a empresa é na fila do pão. Minha faculdade foi em sistemas de informação. Cursei entre muitos perrengues. Tive câncer de mama, e às vezes passava mal e tinha que faltar. O pessoal me ajudava, mas o curso que terminaria em quatro anos acabou durando seis.
O que te motiva a continuar no nosso projeto?
Minha motivação é ver a empresa decolar ainda mais. Se lá atrás eu queria que a Konduto deixasse de ser uma empresinha “pititica”, hoje o fato de termos mais funcionários mostra que isso foi possível. Mas quero voar mais longe. Quero vê-la sempre lá em cima. Não deixa de ser um sentimento de mãe e filho. Você vibra com ele nascendo, crescendo, vai ficando grandinho… De repente tá casando e você continua vibrando!
Hoje também vejo que nosso atendimento é diferenciado. Não tem ninguém que precise ficar ligando toda hora. Tudo é muito acessível. O crescimento da equipe foi uma consequência do resultado de todo o atendimento e integração, que é a difícil parte de colocar o cliente para dentro e de fazê-lo ficar depois de três ou quatro faturas. No início era atendimento e integração, tudo de uma vez. Agora, com a equipe maior, são todos os níveis, tudo dentro de cada casinha. O cliente fica mais confortável e é mais bem atendido.
Fun Facts da Sil
- A Sil nasceu e cresceu no famoso bairro paulistano da Moóca e achou que jamais sairia de lá. Até que conheceu o marido, o sonoplasta Humberto, que é de Santo André e a convenceu a morar no ABC paulista. “Eu achava que lá era muito longe, que iria demorar quatro horas para tudo, mas no fim topei. Morei três anos em Santo André e já são nove em São Bernardo. Agora não troco mais o ABC por nada. Na verdade, é lá que tem tudo perto”.
- Na Moóca, Sil era conhecida como a menina dos gatos da rua. Ela tinha um, mas depois se aparecia outro ela também adotava, mas aí de repente algum dava cria… “Acho que cheguei a ter 15”, relembra. Para agradá-la no noivado, o Humberto deu de presente a Sol, mas a gatinha acabou ficando com a mãe da Sil porque já estava acostumada com a casa…
- Mas se engana quem pensa que a Sil viveria sem gatos. “Quando já estávamos casados há dois anos, entrei no site adote um gatinho e vi um casal lindo. Pensei: vou plantar uma sementinha no coração do Humberto, que não se animava, só tinha tido cachorro. Consegui amolecer o coração dele e falei: se vamos pegar um, por que não dois? Nós estudamos, trabalhamos, eles ficariam juntos… O Humberto achou que iria se arrepender, mas pegou. Hoje ele agarra os gatos, sendo que um deles tem sete quilos. Eles se chamam Link, em homenagem ao protagonista do Zelda, e Sakura, da animação Sakura Card Captors”.
- Se você pegou as referências, você também é fã da cultura nerd como a Sil. Ela gosta tanto que há três anos decidiu começar a fazer cosplay. “Me deu cinco minutos. Fui para a Comic Con e isso despertou. Decidi ir de cosplay sem nunca ter feito. Fui de Princesa Jujuba. Saí toda rosa, me emperiquitei inteira. Cheguei lá e me bateu uma vergonha: ‘o que eu tô fazendo aqui deste jeito?’ Mas lá começaram a reconhecer, chamar a Princesa Jujuba. Aí gostei. No ano seguinte fui de Sakura. Minha mãe fez todo o figurino nos mínimos detalhes”.
- A forma como Sil e Humberto se conheceram foi um pouco inusitada. Por curiosidade, ela entrou na seção “encontre alguém” do site de uma rádio que costumava ouvir. “Recebia mensagens ‘oi, linda’, sendo que nem tinha uma foto minha. E de repente apareceu o Humberto, com um papo mais normal. Após algumas conversas, aceitei trocar o MSN com ele”, conta.
- Persistente, Humberto foi mantendo contato até convencer Silmara a conhecê-lo pessoalmente. “Marquei na igreja, porque se fosse algum maluco eu estaria protegida. E eu sabia quem ele era, mas ele não sabia quem eu era, pois nem tinha minha foto. No fim eu me apresentei, conversamos mais, fomos nos conhecendo e virou namoro. Tudo depois daquela mensagem no chat. Hoje já são 16 anos juntos, sendo nove casados”.
- Sil diz que um de seus sonhos é conhecer a Coreia do Sul para conferir de perto o que vê em filmes, novelas e animes. Estudar coreano também está nos seus planos. Ah, e quando tem tempo ela também costura – por influência da mãe, costureira – e ainda canta na igreja. “Depois de passar pela doença, pensei em muita coisa que eu não vivi. Você percebe como a vida é frágil e percebe que você perde tempo com muita besteira, deixando de viver coisas diferentes e coisas legais”, conclui nossa coordenadora, com uma lição que vale a pena todos nós anotarem.